quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Olá meu amor, que bom que chegas-te. Senta-te, que te quero contar uma história. Uma história de amor e de desilusões; amores e desamores; amor e paixão; amor e tristeza. É a história de um coração, um pequeno coração, de cartão, forte e confiante de si próprio; um belo coração, diga-se de passagem. Um coração forte e confiante, que se apaixonou, pela primeira vez. Era tudo tão novo, tão bonito, uma paixão tão arrebatadora, que o preenchia, e o deixava tão feliz. Mas é claro, ele acabou por se desiludir, – e digo ‘é claro’, porqe todas as paixões e grandes amores têm desilusões, porque tudo o que começa tem um fim, porque tudo o que é bom acaba depressa – então, com tamanha desilusão, houve choro e sofrimento, muita dor, tormento, angústia. Tantas lágrimas caíram sobre o seu rosto jovem, que ele decidiu não se voltar a apaixonar. Mas nenhum coração manda em si próprio, e várias paixões vieram, tão apaixonantes e arrebatadoras como a primeira, cheias de beijos e abraços, de carinhos, de palavras inexplicáveis, e sem sentido pra qualquer outro coração. Vieram também muitas desilusões, lágrimas sem fim caíram sobre o papel, e esborrataram a tinta vermelha dos seus sentimentos, como a chuva cai sobre as ruas, gastando os sinais que cada um lá deixou – sim, é pra isso que as lágrimas servem; para esborratar, e apagar a dor e o sofrimento, pra gastar a desilusão, até que ela se vá, lentamente. Cada lágrima que caía, ácida, corroía mais um pouco do seu corpo nu, deitado sobre o chão, deixado ali. Cada ‘gota de chuva’ o deixava mais frágil; já não era um coração de cartão.. Era um coração de papel, mas de papel fraco, de papel de revista. Foi amarrotado, pisado, foi perdendo a sua força; já não era um coração forte.. Era um coração, fraco, frágil.. Não era confiante, tinha medo dos outros corações, tinha até vergonha de si próprio. É o meu coração. Tem estado fechado numa caixa. Tenho medo que se rasgue, de tão fraco, doente que está.. Mas agora vieste tu, e voltei a tirá-lo.
Porque tu és especial, és importante, tudo o que me dizes está gravado, e entoa em todo o meu corpo, especialmente no meu coração, e fortalece-o. Oh sim, ele gosta das tuas palavras, porque cada palavra entranha-se nele, e dá-lhe mais um bocadinho de confiança, mais um bocadinho de força, mais um bocadinho de força pra voltar a amar, pra voltar a ser forte, confiante. Estou disposta a entregar-to, como me entregas-te o teu, sem medo.
Mas quero - quero não - preciso, que prometas que nunca me vais deixar, que me amarás eternamente, – apesar de saber que não é possível – que não amarrotas, pisas, ou rasgas o meu (pequeno) coração, feito de papel de revista. Promete, meu amor.

amo-te.

6 comentários:

filipa disse...

Fantástico!
Este texto, com uma imensidão de sentidos e sentimentos, a acompanhar com uns corações tão vermelhos quanto os corações devem ser quando amam.

Adorei.

Maior beijo Claudinha *

Anónimo disse...

<3

Anónimo disse...

Qe textosão :O
Amei, amei e amei :'$

Mesmo lindo ^^

BeijO

Anónimo disse...

haverá declaração de amor mais linda ?

sente-se cada letra, cada palavra, cada sentimento...

cada batimento do coração *.*

beijo**

cαтια. disse...

Como adorei este post!
As palavras, as imagens e os sentimentos... LINDO.
Amei, de verdade.
Beijinho*

Sandra Silva disse...

Mais que perfeito! Está lindo, lindo...
Conseguiste escrever as palavras exactas que mostram o que sentes.
Adorei <3

um beijinho*